terça-feira, 7 de maio de 2013

Horizonte Infinito



Se eu puder acreditar… O horizonte é infinito. As possibilidades são tamanhas que não posso vislumbrar. Além da linha que vejo, moram os sonhos que almejo, realizações de pequenos desejos. Além do imaginário eu posso chegar, se eu insistir em remar, se eu sofrer sem parar.

Eu só preciso acreditar… Que o mar vai se acalmar, que as ondas vão me levar, e que eu não vou me afogar. Sei que existem realidades que se sonha, bem como realidades que se vive. Algumas onde me sufoco, outras onde posso respirar, ou voar, ou simplesmente me encontrar. Sou o que sonho. Vivo o que acredito. Acredito no invisível que meu coração, tão sensível, consegue enxergar. Mesmo que eu só consiga avistar a linha, o horizonte, o nada, sei que mais além há o tudo, a forma, o encontro de areia e mar.

Eu só quero acreditar… Ainda que eu me enfraqueça, e a minha fé adormeça, posso ver o sol se pôr, e há de ser em algum lugar. Enquanto a lua chega, com o poder de me acalmar, eu me lembro desde quando, me tornei sobrevivente no mar. Parece não haver motivos, para crer que vou chegar, no lugar em que eu anseio, preciso e sonho estar.

Mas eu só sei acreditar… Mesmo quando eu precisei mergulhar, com todo risco de me afogar, senti algo em meus pés, o firmamento de areia ao invés. Conseguia pisar no finito, eu havia chegado ao infinito. Ainda algo abstrato, novo como um retrato, do paraíso que sonhei, nas ilusões mais verdadeiras que já criei.

Eu quase não podia acreditar… Que agora eu estava lá, que a verdade me fez mergulhar, me tirou o ar para que eu aprendesse a respirar. Mas ainda bem que agora é tarde para não crer, em tudo o que a fé pode fazer. Ontem eu era um sobrevivente. E por acreditar, hoje sou um ser vivente, da fé de tudo o que cria a minha mente, de qualquer possibilidade que o meu coração sente.

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